
O sistema de lubrificação é parte integrante do motor e de vital importância para o funcionamento e vida útil dos componentes mecânicos móveis. Com a colaboração do sistema de lubrificação o motor pode atingir os graus de desempenho desejado e para isso o sistema conta com alguns componentes
O sistema de lubrificação pode ser dito como um acessório que ajuda, e muito, o motor a funcionar e diferente do motor conta com poucos componentes. Estudaremos primeiro todas as peças ou componentes do sistema, com detalhes técnicos, e mais adiante o seu funcionamento.
Os componentes do sistema são bem simples e fáceis de serem compreendidos. Um dos principais componentes é a bomba de óleo. A bomba de óleo tem papel importantíssimo no sistema, pois ela gera vazão para o óleo lubrificante percorrer o sistema pressurizado e lubrificar todos os componentes móveis do motor. A bomba de óleo pode estar ligada ao motor, em um suporte como o alternador ou compressor do ar condicionado, ou estar presa diretamente no bloco do motor aproveitando-se do virabrequim e rotação do motor, passando eu seu centro, para funcionar. A bomba é tocada no eixo central e pode movimentar um conjunto de palhetas formando uma hélice para impulsionar o óleo lubrificante no sistema, mas também pode ser do tipo engrenagem, os dentes das engrenagens fazem o papel das palhetas. Este último tipo de bomba é mais utilizado por que apresenta um índice de desgaste menor que as outras. Dentro da bomba encontramos alguns canais para direcionar o óleo e uma válvula de alívio de pressão para manter constante o fluido no sistema.
[Bomba de Óleo do Motor]
Algumas bombas de óleo possuem um conector preenchido por um parafuso, quando necessário, o reparador tira este parafuso e coloca um manômetro para medir a pressão de óleo do sistema. Ligado a bomba está o “pescador” de óleo, que vai até o cárter do óleo com o objetivo de colher o óleo que está ali depositado. No fim do pescador encontramos um filtro, comumente chamado de “peneira”.
[Pescador de óleo]
Na bomba de óleo se encontra um dispositivo de alerta para falta ou queda de pressão do sistema. É um interruptor que emite um sinal a uma luz do painel que ascende ao perceber a queda ou falta de pressão do óleo lubrificante.
[Interruptor de pressão de óleo]
O cárter serve de reservatório para o sistema de lubrificação. Todo o sistema depende de uma quantidade de óleo que pode ser de 3 a 11 litros de óleo, podendo chegar, dependendo do tamanho do motor, em 30 litros. Os navios de grande porte chegam a ter um sistema com 500 litros de óleo lubrificante. O cárter ainda contribui com o resfriamento do óleo, sendo alguns tipos, construídos em liga de Alumínio (Al) para dissipar melhor o calor.
[Cárter do óleo]
O bloco do motor e o cabeçote fazem parte dos componentes do sistema, tanto o bloco como o cabeçote, são vazados internamente servindo de dutos por onde o óleo lubrificante passa. No bloco também encontramos uma sede com rosca do filtro de óleo, junto a esta sede se encontra uma segunda válvula de alívio caso o filtro esteja entupido. No cabeçote também encontramos uma terceira válvula de alívio e regulação de pressão.
[Cabeçote com canais internos]
[Válvula de alívio de pressão]
Estes dois componentes permitem que o óleo percorra seus dutos internos, chegue a todas as partes móveis do motor e crie uma película nas peças. Dentro do bloco são colocados alguns “bicos esguichos”, direcionados para o interior do cilindro permitindo a lubrificação dos anéis e cabeça de biela com os pinos.
[Bloco do motor]
O filtro de óleo lubrificante é um componente de manutenção preventiva e deve ser trocado a cada substituição do óleo lubrificante. O filtro conta com uma válvula reguladora de pressão e um canal interno, o óleo chega até o papel do filtro onde é filtrado sai por outro canal e se direciona aos dutos do bloco impulsionado pela bomba.
[Filtro de óleo]
Não podemos deixar de citar outro componente, talvez o principal. O óleo do motor, que deve ser da classificação certa para cada tipo de motor, respeitando a viscosidade ideal e os índices de desempenho homologados pelo fabricante.
Texto: Gionei da Rocha
Imagem: Alan Spring